segunda-feira, 29 de março de 2010

Azzurra defende título mundial, sem a força de 2006

Atual campeã do mundo, a seleção italiana pode repetir os cinco títulos do Brasil em Copas do Mundo, na África do Sul. Mas, a Azzurra não tem a mesma força de 2006 e esbarra na falta de renovação de seu time, principalmente no ataque.

Apesar de contar com bons jogadores pro ataque, como Quagliarella, Di Natali, entre outros, os italianos perderam Totti e Del Piero, que se aposentaram da seleção. O ponto forte, como em quase toda sua história é a defesa, que mesmo envelhecida, conta com a segurança de Cannavaro e as boas defesas de Buffon.

O meio-campo é combativo e criativo, mas falta um meia de ligação mais hábil para fazer a bola chegar ao ataque. O peso da camisa italiana sempre fala alto em Copas do Mundo e na África do Sul não deve ser diferente para a seleção dirigida por Marcelo Lippi.

Convocação base das Eliminatórias
Goleiros
Buffon (Juventus/ITA)
De Sanctis (Napoli/ITA)
Marchetti (Cagliari/ITA)
Defensores
Cannavaro (Juventus/ITA)
Chiellini (Juventus/ITA)
Legrottaglie (Juventus/ITA)
Bocchetti (Genoa/ITA)
Gamberini (Fiorentina/ITA)
Grosso (Juventus/ITA)
Santon (Inter de Milão/ITA)
Zambrotta (Milan/ITA)
Meio-campistas
Camoranesi (Juventus/ITA)
Marchisio (Juventus/ITA)
D'Agostino (Udinese/ITA)
De Rossi (Roma/ITA)
Gattuso (Milan/ITA)
Pirlo (Milan/ITA)
Palombo (Sampdoria/ITA)
Pepe (Udinese)
Atacantes
Di Natale (Udinese/ITA)
Gilardino (Fiorentina/ITA)
Iaquinta (Juventus/ITA)
Quagliarella (Napoli/ITA)
Rossi (Villarreal/ESP)

Palpite do blog – Quartas-de-final

Craque – Gianluigi Buffon é sinônimo de segurança. O goleiro, que começou a carreira no Parma, mas defende a Juventus desde 2001 se consolidou como um dos maiores goleiros do mundo. Seguro, Buffon venceu diversos títulos e não saiu da “Vecchia Signora” nem quando o clube caiu para a segunda divisão.

Potência mundial – A história italiana em Copas do Mundo começou de maneira fulminante. Anfitriã em 1934, a Itália bateu a antiga Tchecoslováquia na prorrogação e garantiu seu primeiro de quatro títulos mundiais. No Mundial seguinte, novo título, desta vez após vencer a Hungria na final. Na semi, eliminou o Brasil, no primeiro de muitos jogos decisivos dos maiores vencedores da história das Copas.

Em 1982, em meio à uma crise em seu campeonato nacional, a Itália partiu desacreditada para o Mundial. Mas após uma primeira fase irregular, os italianos, liderados por Paolo Rossi, venceram os favoritos, inclusive o Brasil de Telê, e garantiu o tricampeonato ao vencer a Alemanha na final.

O tetracampeonato veio novamente com seleção desacreditada. Como sempre, os italianos foram ganhando confiança durante a competição e após uma semifinal muito equilibrada, quando venceu a Alemanha, foi para a final com moral.

A partida contra a França teve o zagueiro Materazzi como personagem, já que o jogador da Inter empatou o jogo e depois cavou a expulsão do craque francês Zidane. Após uma prorrogação sem gols, brilhou a estrela italiana na disputa de pênaltis.

Após os títulos na década de 30, a Itália, que só ficou de fora das edições de 1930 e 1958, só voltou a fazer uma boa campanha em 1970, quando perdeu por 4 a 1 a final contra o Brasil de Pelé e companhia. Em 1994, Brasil e Itália ficaram frente a frente de novo e nos pênaltis a seleção de Romário garantiu o primeiro tetracampeonato do futebol mundial.

Como chegou - A Azzurra disputou sua primeira eliminatória como campeã mundial, pois nos seus três títulos anteriores, o campeão tinha vaga assegurada para a edição seguinte.

Como de costume, os italianos não fizeram grandes apresentações durante a campanha de classificação, porém a vaga foi garantida com bastante tranquilidade no Grupo 8, que contava com Irlanda, Bulgária, Geórgia, Montenegro e Chipre. A classificação veio com duas rodadas de antecedência, na vitória sobre a Bulgária, por 2 a 0.

A Itália não sofreu nenhuma derrota nas eliminatórias, assim como Holanda, Espanha e Alemanha. Na partida contra a Geórgia, fora de casa, fato inusitado: os italianos venceram por 2 a 0 e não marcaram nenhum gol na partida. Isso porque o lateral georgiano Kakha Kaladze (atleta do Milan) marcou dois gols contra, selando a vitória Azzurra.

O artilheiro da Itália nas eliminatórias foi o atacante Alberto Gilardino, autor de quatro gols, todos marcados quando a sua seleção já estava classificada para o Mundial.

Zona Europeia - Grupo 8

Chipre 1 x 2 Itália
Aloneftis 28 (C), Di Natale 8, 90 (I)

Itália 2 x 0 Geórgia
De Rossi 17, 89

Bulgária 0 x 0 Itália

Itália 2 x 1 Montenegro
Aquilani 8, 29 (I), Vucinic 19 (M)

Montenegro 0 x 2 Itália
Pirlo 11 pen, Pazzini 75

Itália 1 x 1 Irlanda
Iaquinta 10 (It), Robbie Keane 88 (Ir)

Geórgia 0 x 2 Itália
Kaladze 56 contra, 66 contra

Itália 2 x Bulgária
Grosso 11, Iaquinta 40

Irlanda 2 x 2 Itália
Whelan 8, Ledger 87 (Ir), Camoranesi 26, Gilardino 90 (It)

Itália 3 x 2 Chipre
Gilardino 78, 81, 90 (I), Makridis 12, Michail 48 (C)

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